Diário de bordo no Saco do Mamanguá
DIA 1 – 22/01/2020
Quão pequenos somos diante do mundo?
Foi assim que me senti desde que cheguei naquele lugar, um dos poucos fiordes tropicais do mundo. Peguei um ônibus de Ubatuba pra Paraty e outro de Paraty para Paraty Mirim e pra finalizar um barquinho foi nos buscar no cais.
Fui convidada pelo projeto Somos Mundo Nosso, que fala sobre mulheres viajantes, pra ficar no Mamanguá Hostel (@mamanguahostel).
Enquanto íamos chegando perto da praia, sentia a dimensão e a energia daquilo tudo me abraçando. O Saco Do Mamanguá foi ocupado por índios Tupinambás e mais tarde surgiam fazendas, nas quais os escravos vinham pra cá servir de ‘saco de engorda” antes de serem vendidos. Uma região com muita história e muito o que aprender.
Chegamos e fomos recepcionadas por mulheres fodas, a Clara, que trabalha no hostel foi nossa parceira pelo restante dos dias. Nos levou em todos os passeios e explicada sobre cada canto daquele lugar.
O dia estava aberto e então partimos para o Pico do Pão de Açúcar, por volta das 15hrs (aproveite pra subir com o tempo mais limpo). O meio de transporte por lá é a canoa, fizemos a travessia, chegamos na praia onde habita a comunidade do cruzeiro e começamos a subir a pé até o pico.
Nunca mais 1,5km será o mesmo depois dessa trilha. Apesar de linda e muito forte, é uma trilha 100% do tempo íngreme, mas a vista compensa.
Voltamos remando e já era tarde pra noite, aproveitamos as redes e comida do Mamanguá Hostel, pintamos, andamos de perna de pau e trocamos experiências.
DIA 2 – 23/01/2020
Acordamos com um café da manhã delicioso e o dia chuvoso, foi propício pra uma remada e manguezal.
Depois de uns 10km de remada, paramos na cachoeira Rio Grande, um poço lindo abraçado pela mata Atlântica. Aliás, ta aí mais uma das coisas deslumbrantes desse lugar: os ecossistemas, são três em um (Pantanal, restinga e mata atlântica).
Seguimos remando costeando o Saco do Mamanguá até chegarmos no restaurante da Dona Gracinha (é preciso reservar antes, podem contatar o @mamanguahostel pra isso), onde ela serviu comida caseira deliciosa com opção vegetariana.
Remamos de volta para o hostel, mais 10km de água e mix de ecossistemas.
Para finalizar nossa última noite, fomos convidados pra experimentar a gastronomia do Refúgio Mamanguá, uma pousada perto do hostel. Fomos de trilha e chegamos num Oásis beira mar. Os pratos ficaram pelo @elasaleleacucar, foi um orgasmo gastronômico!
DIA 3 – Último, mas não. 23/01/2020
Acordamos, com sol e vontade de voltar. Aproveitamos o dia no hostel, depois de um cafézão e pegamos o barco para Paraty Mirim.